9.1.10

Enquanto eu não vendo minha alma para o mundo capitalista...


Como a maioria dos adolescentes, a maior de todas as dúvidas me assola sem chance de escapatória. Corro atrás do meu sonho ou procuro estabilidade financeira?
As pessoas levianas respondem logo: “tenta aliar o sonho com o dinheiro”. Você não acha que eu já pensei nisso? Mas eu sou uma garota de dezesseis, com pouca liberdade, nenhum dinheiro e muitos sonhos. Tudo me leva a crer que nem chance de lutar eu terei. Por mais difícil que seja para alguns, que não vivem a minha realidade, A VIDA É INJUSTA.
Eu não sou filhinha de papai. Eu sou filha de “painho” mesmo. Apesar de amar muito o meu pai, sei que dessa forma tenho pouquíssimas chances de conseguir o que almejo. Tudo me leva a ser parte das estatísticas de desempregados do país.



O pior é que eu não me vejo fazendo mais nada. Enquanto a família vibra quando os meus primos falam sobre seus sonhos na engenharia, eles quase me dão esmolas com os olhos quando falo das minhas pretensões jornalísticas. Mas eu não os culpo. Eu sei que não tem futuro mesmo.
Poderia até ter futuro se eu aceitasse escrever sobre o que eu não vejo, não acredito ou sobre a vida de alguém que não me interessa. Porém se eu vou entra na maior robada da minha vida, vou apostar todas as minhas fichas.

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